segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tenda dos milagres (Jorge Amado)



Rosa sempre chega assim, inesperada, vem de súbito.

Da mesma forma inconseqüente desaparece...
Fuxicos, arengas, xeretices, pois em verdade
Ninguém sabe nada de concreto sobre Rosa.
Rosa brincava com as algas, todos os ventos em seus cabelos.
Todos os ventos, do norte e sul, o vento terrível do noroeste.
Na canoa ancorada ela deitava, a cabeça de fora, o cabelo no mar.
Parecia cabeça sem corpo, saindo d´água, dava arrepio.
Rosa maluca, Rosa do cais, tanta vezes mentias!

2 comentários:

  1. É dos poemas que mais gosto do Jorge Amado.
    Parabéns pelo bom gosto :)
    Já me encontro a seguir o seu belo blog!
    abraços

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  2. Falar ou querer si quer comentar sobre Jorge Amado seria uma ato de grande imprudência minha.
    Um dos maiores escritores Brasileiros, com linguagem própria, palavreado maneiro, dono de tantos títulos de livros escritos com maestria.

    João Bosco

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