sábado, 15 de janeiro de 2011

Tragédias anunciadas.



O mês de janeiro de 2011 entrará para a história. Ficará marcado na mente dos brasileiros por um bom tempo. Chuvas torrenciais, deslizamentos e inundações são fenômenos naturais. Quando a natureza assim o quer, não há como evitá-los. Neste caso não se pode lutar contra, é assim no hemisfério norte, com seus terremotos, tufões, furacões, ciclones, vulcões e tsunamis; o mesmo acontece conosco aqui pelos lados mais próximos da Antártica, com nomes diferentes em alguns casos, mas as conseqüências são basicamente as mesmas. Claro, não há no lado sul do globo a mesma gama de fenômenos.

Todavia, as causas podem ser basicamente as mesmas, mas as conseqüências, corrigindo o parágrafo anterior; Humm! Quanta diferença! Tirando-se a Austrália e a Nova Zelândia, que figuram entre as nações de primeiro mundo, os demais países do hemisfério sul não dispõem de infra-estrutura para suportarem tais fenômenos. Obviamente muitos fenômenos ocorridos no eixo norte do globo, especialmente nos países ricos, culminam em catástrofes gigantescas. Mas, no bater dos ovos, a nossa omelete sai diferente.

Analisando-se especificamente o caso brasileiro, há uma certeza, nunca nos foi dada a devida atenção. Durante décadas nossos governantes viveram de promessas, e vivem até hoje. É o famoso me engana que eu gosto. O pior de tudo, é que o povo se acostumou com as falsas promessas. Lamentável para nós, mais lamentável, ainda, para as famílias que sucumbiram diante do caos. A nossa presidenta bem que tentou se explicar em entrevista coletiva. Não há uma explicação plausível. No ano passado ocorreram deslizamentos, de lá para cá os prefeitos e o governadores do Rio e de São Paulo tiveram um ano para tomarem algumas precauções, mas o que vimos foi gente tentando a reeleição e alguns confiando em São Pedro, como argumentou o prefeito de São Paulo, o nosso querido Gilberto Kassab.

Que os políticos pensem em se eleger, tudo bem, nada contra, o que não pode haver em hipótese alguma é a paralisação da maquina pública, o descaso com os serviços prestados ao povo. Sabe-se que o governo federal não foi capaz de enviar as verbas que seriam destinadas às obras de contenção, obras que poderiam ter salvado muitas vidas. Vidas inocentes, crianças, jovens, adultos e idosos. Porém, acho que podemos desculpar o nosso ex-presidente, afinal ele estava em franca campanha eleitoral e ao mesmo tempo viajava incessantemente ao redor do mundo com o intuito de popularizar-se entre os gringos. Em terras paulistas pode-se dizer o mesmo, Serra ávido por se eleger pensou em obras que chamassem atenção do eleitorado e deixou de dar continuidade às obras que Alkimin fizera antes, foi um erro fatal. Refiro-me ao rio Tietê.

Políticos à parte, ao povo também deve ser dada a mea culpa, afinal quem elege políticos é o povo. Mas não quero refletir sobre eleição, quero sim denunciar a falta de respeito que o brasileiro tem para com seus semelhantes. Para quem não entendeu o que expresso; O lixo, sim o lixo. Uma questão problemática em nossa sociedade, em locais que não há coleta de lixo até se pode entender, mas, em são Paulo, principalmente, o lixo é coletado três vezes por semana. Não há desculpa, é uma questão de educação e amor pela cidade em que se vive.

Há de se ressaltar o trabalho dos policiais, bombeiros, voluntários e jornalistas. Bombeiros que muitas vezes põem a sua própria vida em segundo plano. Policiais que em todas as situações de emergência nunca se furtam ao auxílio. Voluntários que em muitos casos, mesmo se tratando de alguém que perdeu bens materiais e até familiares, se prestam a ajudar nos socorros. Os jornalistas estão fazendo um trabalho que para muitos pareça sensacionalista, devido às imagens mostradas ao público, imagens chocantes, muito fortes. Mas esse modelo de informação é necessário, principalmente, porque nos serve de alerta, nos abre os olhos.

Entretanto, como não poderia deixar de ser, em qualquer setor de atividade há aqueles que perdem o time sobre a maneira correta de agir, em certos momentos eles não sabem discernir. Lamentavelmente isso está acontecendo com José Simão; Buemba! Amy vai beber algo inédito: água de enchente! Depois falam que SP não tem mar... MARginal Tietê! É o projeto Boia São Paulo. O Kassab deveria chamar Peskab... Um amigo do Simão se salvou da enchente porque estava transando com uma boneca inflável! – Algumas frases infelizes de Simão. Enquanto alguns padecem, outros ganham dinheiro, é jeitinho brasileiro de ser.

Para aqueles que acreditam em Deus ou em algo superior resta à fé para superar um momento como este, e para aqueles que não acreditam em nada, apeguem-se a racionalidade para prosseguir em frente, pois, independentemente de credo ou agnosticismo a vida continua e o Brasil precisa de todos nós.

2 comentários:

  1. Só uma dica, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não
    "presidenta", independentemente do sexo que tenha.

    Tirando isso, foi um bom texto

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  2. Hum? Governantes, agora vc culpa os governantes? Vc ja parou pra pensar quantos planetas são necessarios para a manutenção da sua vida? Quantas vezes vc ja puxou uma descarga, quantas vezes vc abriu a geladeira para pegar uma jarra de agua, quantos banhos de 5 minutinhos vc tomou na sua vida, quantas sacolas vc pos no lixo... O ser humano é INSUSTENTAVEL e o que é pior, sempre da um jeito de procurar um culpado para tudo sem se dar conta da praga que é. Sinto muito meu caro blogueiro, mas é muito facil achar um culpado enquanto que até esse texto e o template deste blog consomem energia suficiente para devastar muitos hectares de florestas.
    Agora se quer mudar alguma coisa, começa escrevendo sobre meio ambiente e ecologia, assunto batido e que não gera vizualização, mas que se não for pensado por TODOS, 2011 será só o começo, ou vc pensa que ano que vem não teremos mais desastres ambientais e que esse ano ficará na história. Pff abre o olho pra próxima onda que virá e para a próxima e a próxima..

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Os políticos são o espelho da sociedade.

      O nosso problema não está no fato de o país ser unitário ou federado, de ele ser república ou monarquia, de ele ser presidenciali...