terça-feira, 30 de novembro de 2010

Estrelas e Cometas (Lenir G. de Albuquerque)





Neste texto de autor desconhecido há uma profunda reflexão sobre a verdadeira amizade. Com um belo jogo de palavras o autor nos mostra como às vezes podemos nos enganar a respeito de quem é realmente nosso verdadeiro amigo:

Há pessoas estrelas.
Há pessoas cometas.
Os cometas passam...
Apenas são lembrados
pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem.
Os cometas desaparecem.

Há muita gente cometa.
Passam pela vida da gente
apenas por instantes;
gente que não prende ninguém
e a ninguém se prende,
gente sem amigos.
Que passa pela vida sem iluminar,
sem aquecer, sem marcar presença.
Há muita gente cometa!
São como muitos artistas.
Brilham apenas por instantes
nos palcos da vida.
E com a mesma rapidez
com que aparecem, desaparecem.
Assim são muitos reis e rainhas
de todos os tipos
Reis de nações, rainhas de clubes
ou de concursos de beleza.
Assim são os rapazes e moças
que se enamoram e se separam
com a maior facilidade.
Assim são pessoas
que vivem numa mesma família
e passam um pelo outro
sem serem presença.

Importante é ser estrela.
Marcar presença. Ser luz. Calor. Vida.
Amigo é estrela:
podem passar anos, surgir distâncias,
mas a marca fica no coração.
Ser cometa não é ser amigo.
É ser companheiro por instantes.
Explorar sentimentos.
Aproveitar das pessoas e das situações.
É fazer acreditar e desacreditar
ao mesmo tempo.
A solidão é o resultado
de uma vida cometa.
Ninguém fica. Todos passam.
E a gente também passa pelos outros.

Há necessidade de criar
um mundo de estrelas.
Todos os dias poder vê-las e senti-las.
Todos os dias poder contar com elas.
Todos os dias ver sua luz
e sentir seu calor.
Assim são os amigos.
Estrelas na vida da gente.
Pode-se contar com eles.
São aragem nos momentos de tensão.
Luz nos momentos escuros.
Pão nos momentos de fraqueza.
Segurança nos momentos de desânimo.
Olhando os cometas,
é bom não se sentir como eles.
Nem desejar prender-se em sua cauda.
Olhando os cometas,
é bom sentir-se estrela.
Marcar presença.
Ter vivido e construído
uma história pessoal.
Ter sido luz para muitos amigos.
Ter sido calor para muitos corações.

Ser estrela neste mundo passageiro,
neste mundo cheio de pessoas cometas,
é um desafio, mas acima de tudo,
uma recompensa.
É nascer e ter vivido e não apenas existido.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tropa de elite II e o Rio de Janeiro, tudo a ver!

Como canta o maravilhoso Gilberto Gil, o Rio de Janeiro continua lindo! Terra de cenário único, abençoada por Deus e um povo orgulhoso de ser carioca. Palco perfeito para um paraíso nos trópicos, mas não é isso que observamos. A cidade maravilhosa tinha e tem tudo para ser uma Sidney brasileira, mas não passa de uma Joanesburgo tupiniquim.

Em “Tropa de Elite II”, José Padilha (melhor cineasta brasileiro ao lado de Fernando Meirelles) faz um retrato quase que fiel da sociedade carioca. Não o faz fielmente porque “Tropa de Elite II” é um filme e não um documentário, se fosse um mero documentário perderia a magia, o enredo e se tornaria apenas uma narração da vida, do cotidiano carioca.

Um filme brilhante. Um enredo bem elaborado que prende o espectador desde o primeiro até o último minuto do longa-metragem em questão. No filme, Padilha escancara as entranhas da sociedade carioca. Revela a promiscuidade entre o tráfico e a polícia, o mundo podre da política e, como sempre, a exploração da população humilde dos morros.

Nos últimos dias a população brasileira e o mundo têm acompanhado com perplexidade aos acontecimentos ocorridos na cidade maravilhosa. Mas por que o estopim? O que gerou a onda de ataques da qual toda a população foi vítima? Bem, primeiro a falência do estado fluminense. Depois, a arrogância a que chegaram os traficantes. Arrogância em pensar que poderiam mostrar forças para todo o estado, saindo dos morros e aterrorizando o resto da população. A população do Rio de Janeiro sentiu na pele a dor e provou do gosto amargo do infortúnio que acometeu os paulistas em anos anteriores.

Uma hora ou outra daria nisso. A culpa pelo crime desenfreado é única e exclusivamente do estado. Com políticas de segregação social e populismo. Segregação porque não é dada aos mais humildes a oportunidade de crescerem enquanto cidadãos. Populismo porque para o estado é conveniente uma massa populacional totalmente manipulável. Daí o motivo de se amontoarem pessoas nos morros. Seres humanos vivem nos morros cariocas sem a menor condição de vida. São lastimáveis as condições a que são submetidos cidadãos, os quais os votos têm o mesmo peso dos votos dos endinheirados da Vieira Souto.

Alegam os administradores que, viver nas favelas do Rio, hoje em dia, é uma maravilha se compararmos aos tempos idos. Mas o que se vê é completamente o contrário. Não há esgoto na maior parte dos morros. Água, luz, telefone e internet sobem o morro pela mesma via, colocando em risco toda a população dos morros. Seres humanos vivem juntos com o lixo que não é coletado devidamente pela prefeitura. Com uma renda média de R$ 500,00, para quem trabalha, fica difícil um jovem adolescente resistir ao assédio do crime organizado.

Sabemos que os políticos do Rio não podem falar uns dos outros porque todos são culpados pelo que acontece agora. O PDT, o DEM e o PMDB tiveram de uma forma ou de outra, as suas chances. Quando a cidade do Rio de Janeiro teve a oportunidade de dar a seus cidadãos mais humildes condições de vida dignas, o nosso eterno caudilho (Leonel Brizola) nada fez, pior, incentivou a ocupação dos morros. Mais tarde vieram os outros que só contribuíram para que chegássemos ao caos de hoje.

Nas favelas do Rio ganha-se eleição construindo quadras para a população, o retrato disso foi a campanha de Dilma Rousseff. Não a critico, todos fazem a mesma coisa. Mas vamos abordar um tema espinhoso. O envolvimento das forças armadas nas invasões. Amparados pelo apoio popular, ordenaram que a marinha e o exército desempenhassem um papel que não lhes cabe. Atuar como polícia nunca foi atribuição das forças armadas de nenhuma nação que se julgue estar em paz. O último desfile de tanques por nossas ruas e avenidas, bem, todos lembramos como foi o desfecho. E a guarda nacional criada por Lula onde se encontra? Tanto marketing em torno dela e no momento em que os cidadãos brasileiros precisam de seus préstimos, onde está? Com a palavra nossos governantes.

Ouvi muitos formadores de opinião dizendo que tem de meter bala mesmo, comparando o episódio do Rio de Janeiro ao acontecido em 1992 com os detentos do Carandiru. Tanto nas favelas quanto no Carandiru é dever do estado preservar a vida. Nas favelas do Rio, a vida em questão é a dos cidadãos de bem, pois, todos nós sabemos que mais de 90% da população dos morros é constituída de homens e mulheres decentes, pobres, mas decentes, que não se confunda isso. No Carandiru, apesar de sabermos não se tratar de santinhos, não havia nenhum Mahatma Gandhi ali, mas é dever do estado dar condições dignas a todos os cidadãos e nós sabemos quais eram as condições em que viviam os presidiários.

Enquanto o estado brasileiro esquecer-se de seus cidadãos, nós continuaremos a ter em nosso convívio, traficantes e todo o tipo de mazelas que só fazem corroer o cerne da sociedade brasileira. Uma prova cabal do que estou externando aqui é o fato de as autoridades estarem preocupadas com as olimpíadas e com a copa do mundo. Estão preocupados com a imagem do Rio de Janeiro para esses eventos. Mas e com os milhares de cidadãos que até hoje não tiveram a menor consideração por parte de seus governantes, como é que ficam? Eles só têm valor na hora do voto? No Brasil, o brasileiro é realmente brasileiro diante da urna, neste momento ele tem a atenção que lhe é devida. Nesta semana eu vi no twitter e no facebook vários logotipos com a frase “I Love Rio”. Bonito, maravilhoso! Mas quantos destes senhores e senhoras, moços e moças que prestam sua solidariedade, já deram um tapinha, já puxaram uma carreirinha, hein? Pense bem, se você não deve então o que faz é belo e merece aplausos. Mas se você contribui ou já contribuiu com o narcotráfico, pare! De hipocrisia os humildes dos morros cariocas não precisam, eles dispensam.


Trailer Tropa de Elite 2



Cenas reais

domingo, 28 de novembro de 2010

O talento nos escolhe.

No mundo das artes, enfim, da cultura em geral, não há espaço para enganadores, usurpadores. Todos os que no meio transitam, invariavelmente possuem algum dom. Claro, nas artes cênicas, encontramos alguns canastrões, mas na absoluta maioria o talento prevalece.

Vou me ater a um único ramo de atividade. O campo musical. Seja compondo, cantando ou tocando os mais variados instrumentos, é necessário que se tenha talento, muito talento. E o dom para a música vem desde o berço. Este dom não se consegue apenas praticando, não se consegue com horas incessantes de treinamento. Para se encantar uma platéia cantando ou tocando, faz-se necessário o dom, o talento. Segundo a lenda, Wolfgang Amadeus Mozart começou a compor ainda criança. Acredito piamente que ele tenha começado tão cedo, pois, no mundo de hoje encontramos muitos exemplos. Vou citar alguns Sungha Jung e a grande cantora, compositora e instrumentista Loreena McKennitt. Ambos os dois, Loreena e Sungha, começaram ainda cedo. Ele está muito jovem e há em seu futuro muito brilhantismo para enriquecer o cenário cultural mundial. Ela já consagrada mundialmente, sua voz poderosa entra n’alma de quem a ouve. Com muitas horas diárias de treinamento atinge-se a perfeição, mas isso é possível aos que tem talento e não somos nós que o escolhemos é ele que nos escolhe.


Sungha Jung




Loreena McKennitt

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Simplesmente João Cabral de Melo Neto

Como diz um velho adágio popular " uma andorinha só não pode fazer verão". João Cabral de Melo Neto é um dos melhores poeta de nossa literatura, para mim ele é o melhor, depois de Manoel Bandeira. Em "Tecendo o Amanhecer", notem a sutiliza e a leveza de seus versos. Com os novos tempos de enfrentamento do povo democrátco com os cerceadores da liberdade de imprensa este poema de João Cabral de Melo Neto se mostra mais atual do que nunca. Lembrem-se: Um galo sozinho não tece uma manhã... Ele precisará sempre de outros galos...



Tecendo o Amanhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Freddie Mercury, apenas uma homenagem.


Freddie Mercury, nome artístico deste que foi o líder e vocalista da banda inglesa Queen, seu verdadeiro nome era Farokh Bulsara. Nasceu no dia 5 de setembro de 1946, em Zanzibar. Faleceu em Londres no dia 24 de novembro de 1991. Passaram-se muitos anos desde o seu passamento, mas seu legado artístico, ainda hoje, encontra eco entre os povos do mundo inteiro.

Dono de uma voz impar. Privilegiado com um pulmão de tenor. Um ser único nos palcos. Diante dos microfones era soberbo. Assim era Freddie Mercury, um cantor completo. Durante décadas, ele e sua banda arrastaram multidões a seus shows e, como poucos, venderam muitas cópias de seus álbuns mundo afora. Com canções bem-feitas e álbuns bem-produzidos, Freddie Mercury soube como ninguém cativar os corações apaixonados e agregou a sua legião de fãs, pessoas de todas as idades, raças, credos e opções sexuais.

Este breve texto nada mais é que uma pequena homenagem ao homem, ao artista, ao cidadão do mundo, ao ser humano Freddie Mercury. Por que a ênfase nesta homenagem? Simples, Freddie Mercury, assim como tantos outros ícones da cultura POP, era homossexual. Na música, nas artes, na literatura, enfim, em qualquer ramo de atividade há heterossexuais e homossexuais. O talento não escolhe opção sexual. Você simplesmente nasce com um determinado dom. Para àqueles que acreditam em Deus, como eu também acredito, fica uma pergunta: Por que Deus não tolheu os homossexuais de suas habilidades? A resposta virá quando o grande criador nos chamar para o retiro do qual eu não pretendo tão logo.

Que este dia de homenagens a um grande homem seja dedicado a reflexões. Pensemos, analisemos os fatos. Vejamos o porquê de tanto preconceito. Desprendamo-nos de nossos fantasmas e comecemos a respeitar o próximo. Dignifiquemos o convívio em sociedade. Façamos do mundo um lugar melhor para se viver. Ninguém precisa bajular e paparicar um homossexual, apenas respeite o seu espaço desde que ele também respeite o seu. Perante a declaração dos direitos humanos e perante Deus enquanto amor, nós, meros mortais, somos todos iguais. Todos do pó nascemos e para o pó tornaremos. Vivamos a vida e exorcizemos nossos fantasmas, eles são milenares e precisam ser exorcizados.


Um dos belos momentos de Freddie Mercury

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"O que você sabe não tem valor algum. O valor está no que você faz com o que sabe."

Como dá para perceber este título não é de minha inspiração. É um antigo provérbio chinês. A sabedoria milenar dos chineses nos permite refletir sobre certos temas que com a correria dos dias de hoje não nos é possível enxergar. No caso, ver o óbvio.

Com a imensa quantidade de informação a que os povos de hoje são submetidos, fica difícil entender como ainda há pessoas ignorantes em relação a determinados assuntos. Nesta questão há duas denominações nas quais nós precisamos fazer uma diferenciação entre elas: Informação e conhecimento.

O ser humano pode ter muita informação a seu dispor, mas não necessariamente isto pode se transformar em conhecimento. O maior exemplo de informação nós encontramos na internet, nela há informação vindo de todos os cantos do planeta, de todos os lados. O conhecimento pelo contrário, só temos ciência de tê-lo plenamente quando conhecemos a fundo um tema, um ramo de atividade. Eu, com a ajuda de jornais e da internet, posso ter a informação sobre os avanços da medicina, mas somente os profissionais da área que estão envolvidos em pesquisas pertinentes a este campo de atuação podem ter o conhecimento.

Estar bem-informado é importante. Ter o verdadeiro conhecimento é importante. Mas o mais admirável está no que é feito com este conhecimento. Grandes nomes da humanidade souberam como ninguém utilizar os seus conhecimentos e marcaram seus nomes na história através de serviços prestados em prol da humanidade sejam nas áreas da cultura, artes ou ciências. Outros que marcaram seus nomes na história, o fizeram de maneira negativa deixando para gerações posteriores um legado de dor e destruição. Não vou citar nomes, não preciso, pois, sei que meus leitores se encontram em alto nível de informação e de conhecimento. Mas um provérbio de mil anos define com exatidão o que foi, o que é e o que será o ser humano.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu tenho um sonho, hoje.

Sim, meus amigos, esta frase não é minha. Aquelas pessoas que são mais antenadas na história mundial sabem quem é o autor que proferiu estas palavras que para mim marcaram muitos corações angustiados nos sombrios anos das décadas de 1950 e 1960. Um grande homem foi capaz de dizer estas palavras que exprimiam os anseios do povo afro-americano na então racista e insuportável América. O nome dele, meus caros? Martin Luther King Jr, sim este foi o homem que se levantou em meio à multidão de excluídos pelo sistema preconceituoso de então. Percebam que citei sistema preconceituoso de então. Por quê? Por um simples motivo. O preconceito continua, mas o sistema americano mudou. Hoje em dia os americanos utilizam o conceito do politicamente correto. Combatem o preconceito racial e outras formas de preconceito fazendo com que o bem-estar das minorias seja bem melhor do que foi num passado não muito distante.

Parafraseando este grande ícone, eu penso e escrevo aqui: Eu tenho um sonho, hoje. Eu tenho um sonho de ver no futuro um povo mais educado. Eu tenho sonho de presenciar a plena igualdade entre todos os cidadãos brasileiros. Eu tenho um sonho, não sei se verei, mas sonho com um Brasil de iguais.

Como diz um dinossauro da política nacional. Brasileiros e brasileiras, na última semana nós presenciamos um episódio lamentável. Refiro-me ao caso dos menores agressores na Avenida Paulista. Ali está representado tudo o que, nós brasileiros, deveríamos lutar contra. A sociedade contemporânea perde a cada dia que passa as suas referências. Nossos jovens têm poucos exemplos bons para seguir. Faltam-lhes mais ídolos em que possam se espelhar. A escola perdeu seu poder disciplinador, a igreja afastou-se da tarefa orientadora e, o mais grave, a família deixou de educar os seus. Mas este não é um fenômeno recente, a degradação de nossa sociedade começou lá pelo fim da década de 1970. Pegamos um rumo que se não mudarmos a rota antes que seja tarde, ficará difícil o retorno ao caminho do respeito e do amor ao próximo.

Não estou aqui defendendo o homossexualismo. Defendo, sim, o ser humano e o respeito pelo próximo. O respeito às suas opções, bem como o livre arbítrio. Ninguém é obrigado a concordar com o modo de vida do outro, mas deve respeitá-lo. É o mínimo que se exige de um cidadão civilizado.

Talvez seja impossível este meu sonho, mas como somos o país do futuro, não nos custa acreditar...

Abaixo o vídeo do SBT, nele é flagrado o momento da agressão aos jovens. Tirem suas conclusões.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Brasil, hoje é o dia da República.



No Brasil o conceito de república se confunde com o conceito de democracia. A confusão parte principalmente da elite política deste país. Mas é compreensível. Os conceitos vêm se entrelaçando através dos séculos. A confusão é formada principalmente por causa dos princípios Republicanos e democráticos.

Na República em sua própria definição que vem do latim res publica que significa “coisa pública”, “coisa do povo”. Nesse sentido, um governo republicano é aquele que da prioridade para o bem comum, para o interesse da comunidade, em oposição aos interesses privados, particulares. Nesse sentido a república difere da monarquia, da democracia e da aristocracia. A democracia definida do grego (demo = povo e kracia = governo), mais tarde brilhantemente redefinida por Abraham Lincoln como sendo o governo do povo, pelo povo e para o povo.

Resta-nos a certeza de que quanto mais tentamos desfazer a confusão em torno dos conceitos republicanos e democráticos, nos confundimos ainda mais. Mas vai aqui uma dica. Na democracia apesar de os conceitos serem parecidos com os da República, ela se resume principalmente na forma de se escolher o representante, o voto, que pode ser direta ou indiretamente, claro, além do preceito fundamental da democracia que é a plena liberdade de seu povo. Por isso de termos exemplos de repúblicas democráticas, repúblicas socialistas, repúblicas parlamentaristas e repúblicas presidencialistas, percebam que aí os sistemas e as formas de governo se misturam.

Analisando a república e a democracia, nós chegamos à conclusão de que no Brasil dispomos do melhor que uma nação poderia utilizar em termos de sistema e forma de governo. Na carta magna de nosso querido Brasil o povo goza de todos os preceitos básicos de tudo que um cidadão poderia desfrutar.

A república chegou até a nós, brasileiros com 100 anos de atraso em relação à França e à Europa, bem, em relação aos Estados Unidos da América o atraso é ainda maior. Mas, falando sério, você acha que ganhamos muito com a república? O povo tem se beneficiado deste magnífico método de governar? Ao longo dos anos, nossos governantes têm posto em prática todos os preceitos republicanos? Caros amigos, eu creio que não. Como tudo no Brasil, nossa república ficou, em sua maior parte, no papel.

Quando um presidente bate no peito e diz que é republicano, pensemos a respeito. Analisemos a conduta deste governante. Vejamos se ele e seus protegidos não estão se beneficiando da estrutura pública para enriquecer. Pensem, pois, exemplos não nos faltam. O povão está iludido com a sensação de bem estar, mas os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres entram na maré ilusória de prosperidade, de igualdade perante a lei. Há no Brasil um terreno fértil para que o povo (todos os cidadãos) prospere, mas não é isso que acontece na prática. Com a palavra, o maior interessado, o povo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Você pensa que sabe tudo? (Texto de Autor Desconhecido)

Este belo texto criado por um autor desconhecido nos ensina que para sermos grandes e adultos, primeiros precisamos ser crianças.

Tudo que eu preciso saber,
aprendi no jardim de infância!
Tudo o que eu preciso saber sobre a vida,
o que fazer e como ser,
eu aprendi no Jardim de Infância.
A sabedoria não estava
no topo da montanha de conhecimento
que é a faculdade,
mas sim,
no alto do monte de areia
do Jardim de Infância.
Essas são algumas coisas que eu aprendi:
Dividir tudo.
Ser justo.
Não machucar ninguém.
Colocar as coisas de volta
no lugar de onde foram tiradas.
Arrumar a própria bagunça.
Nunca pegar o que não é seu.
Pedir desculpas sempre que magoar alguém.
Lavar as mãos antes das refeições.
Dar descarga.
Viver uma vida balanceada:
aprender um pouco,
desenhar um pouco,
pintar um pouco, cantar um pouco,
dançar um pouco, brincar um pouco
e trabalhar um pouco,
todos os dias.
Tirar uma soneca todas as tardes.
Quando sair na rua olhar:
os carros, dar as mãos e ficar junto.
Lembra daquela sementinha de feijão
no potinho de Danone?
As raízes crescem
e ninguém sabe com certeza
como ou por quê,
mas todos nós somos exatamente como ela.
Peixinhos, passarinhos,
gatinhos e cachorrinhos
e até mesmo a sementinha de feijão
- todos morrem - assim como nós.
E, então, lembre dos livros de Chapéuzinho Vermelho
e das primeiras palavras que você aprendeu.
As maiores de todas: Mamãe e Papai.
Tudo o que você precisa saber
está lá em algum lugar.
Regras sobre a vida, o amor,
saneamento básico,
ecologia, política,
igualdade e fraternidade.
Pegue qualquer um desses termos
e extrapole para as sofisticadas palavras
da linguagem adulta
e então aplique em sua vida familiar,
trabalho, governo ou mundo,
e tudo continua firme e verdadeiro.
Pense como o mundo seria melhor
se todos nós colocássemos as coisas
de volta no lugar de onde foram tiradas
e também sempre arrumássemos
nossas próprias bagunças.
E continua verdade,
não importa sua idade,
quando sair para o mundo
dê as mãos e fique junto.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A polêmica do momento é a bendita CPMF!


Logo após as eleições veio à tona a velha discussão sobre a CPMF. Um tema polêmico como este deve ser discutido mesmo, mas vamos por os pingos nos is. Há um movimento, legítimo, da oposição contra a volta da dita cuja. Movimento encabeçado principalmente pelo DEM. Nada contra, para mim devem ser debatidos e esclarecidos, para a população, todos os prós e os contras a respeito desse imposto. Eu tenho uma posição bem clara e nunca escondi em meus textos de que lado eu estou, sou Social-democrata e, portanto, um tucano convicto. Por isso me sinto à vontade para externar a minha opinião sobre o tema.

Voltando ao passado, constatamos que a CPMF foi criada no ano de 1993 e passou a vigorar no ano seguinte com o nome de IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira). Nessa época, a alíquota era de 0,25% e sua cobrança durou até dezembro de 1994. Portanto, tendo início no governo do, então presidente, Itamar Franco. O governo voltou a discutir o assunto, já sob a égide de Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de direcionar a arrecadação desse tributo para a área da saúde. Idéia do grande mestre e doutor, o senhor Adib Jatene. A partir desse momento, foi criada de fato a CPMF e passou a vigorar em 1997 com alíquota de 0,2%. Em junho de 1999 a CPMF foi prorrogada até 2002 e, sendo que a alíquota passou a ser de 0,38%, o objetivo alegado para essa elevação foi o de ajudar nas contas da previdência social. Em 2001, a alíquota caiu para 0,3%, mas, em março do mesmo ano, voltou a ser fixada em 0,38%. Em 2002, a CPMF foi prorrogada, o que ocorreu novamente em 2004. Em 2004, todos sabemos que o governo era petista. Mas, uma coisa tem de ser ressaltada, quando somos oposição, somos contra e enquanto situação nós somos totalmente favoráveis a esse imposto. Por quê? Quando a verba nos convêm para administrar o país, aí, estamos a favor, agora, quando nos convêm jogar com a galera, nos interessa o confronto oposição versus situação, bem, aí o que queremos é o fim desse imposto e para sempre, “até que voltemos ao poder”. Com a maior derrota do governo Lula no Senado brasileiro, a CPMF deixou de ser cobrada em primeiro de janeiro de 2008.

Vejam bem! Acho que minha breve, mas oportuna, explanação a respeito da CPMF e seus “defensores” e seus “detratores, serviu para mostrar como nessas horas os verdadeiros administradores e democratas têm a coragem de ir em frente e por em discussão um tema tão polêmico, por isso eu enalteço a postura de homens como José Serra, Geraldo Alkimin, Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves que mesmo estando na oposição, atualmente, se postaram com retidão de caráter e declararam-se a favor do imposto, é nessas horas que percebemos quem é estadista ou quem é populista. Seria cômodo para estes senhores se ao primeiro comentário a respeito da volta da CPMF, eles partissem para o ataque, como fazia Lula enquanto oposição, vocês lembram-se? O Lula e o PT, quando estavam do lado de cá, da oposição, eram radicalmente contra, depois no poder tomaram uma postura de centro-esquerda, deixando de lado a esquerda radical, pelo menos na área administrativa.

O DEM sempre foi contra o aumento de impostos, é facilmente explicável, trata-se de um partido liberalista, no que tange seu discurso, mas discurso esse que não foi usado durante o governo FHC. Agora, o PSDB e o PT são na sua essência, partidos com base na social-democracia e, portanto, cobradores de impostos e assistencialistas na sua formação política. A lógica nos mostra ao longo dos tempos que para que haja uma ampla rede de benefícios em que o estado se comprometa a levar até sua população, se faz necessária a cobrança de tributos.

O erro dos impostos brasileiros não está na cobrança (talvez a produção onerada demais), mas sim no retorno que obtemos do estado. Na questão da CPMF, o erro encontra-se no fato de a verba ir direto para o caixa do governo e perder-se no caminho, não chegando ao destino que lhe é devido. Se em vez de ir direto para o caixa do governo, fosse para o caixa da previdência ou então para os cofres da saúde, ninguém estaria, hoje, questionando a sua validade. Claro, tem de ir para os caixas da previdência a da saúde, não pode em hipótese alguma alavancar o enriquecimento de amigos do rei, como tem acontecido com constância ultimamente.

Portanto, amigos eu sou favorável a volta desse imposto, no que pese a emenda 29. Que para mim, ela deve ser regulamentada o quanto antes possível. Um abraço e vamos refletir, com serenidade, a respeito. O tema exige um amplo debate.

sábado, 6 de novembro de 2010

Felicidades a Dilma Rousseff.


Passadas as eleições, esfriados os ânimos, eu como um social-democrata que sou, amante da justiça, da igualdade social e da total liberdade de meu povo, venho por meio deste singelo texto reconhecer a legítima vitória da nossa nova presidenta, Dona Dilma Rousseff. É assim que deve ser, devemos reconhecer a vitória de nossos adversários e desejar-lhes a melhor sorte possível, pois, numa democracia, para o bem do povo, deve haver oposição, mas nunca inimigos. O povo precisa de líderes que saibam conduzir esta nação com sabedoria e austeridade e isso não é responsabilidade apenas da oposição, mas da situação também.

Desde a retomada do desenvolvimento brasileiro. Desenvolvimento que começou a partir do momento em que pusemos a casa em ordem em meados da década de 1990. O país só tem evoluído econômica e democraticamente. Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula nos deram, cada qual ao seu estilo, contribuições determinantes para que chagássemos até o atual estágio no qual nos encontramos atualmente.

Faltam algumas reformas ao Brasil. Reformas que não foram realizadas no governo Lula e que não pode passar deste governo prestes a iniciar-se em 2011. Refiro-me às reformas tributárias e burocráticas. Sem estas reformas o Brasil corre o risco de estagnar-se e pior ainda, retroceder a estágios passados. A missão é difícil, mas torço para que nossa presidenta consiga implantar as reformas necessárias. Torço principalmente para que ela consiga frear o ímpeto petista pelo poder desmedido. O principal entrave para uma boa administração de Dilma Rousseff é justamente controlar a ala radical do PT. Conseguindo isso, creio, terá uma administração que não comprometará a nação. Não vou entrar em detalhes sobre novas crises que virão, pois se o país estiver unido nós as venceremos como já o fizemos em outras ocasiões.

Boa sorte presidenta, o Brasil depende da sua sorte. Felicidades em seu novo posto.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma singela homenagem à mulher Brasileira.


Mulher Brasileira

Mulher brasileira aonde é que está você
Mulher brasileira eu quero você prá mim
Quero sentir o seu abraço o seu beijo o seu carinho o seu amor
Sua simpatia ternura e beleza
Pois eu necessito de você
Mulher brasileira aonde é que está você
Mulher brasileira eu quero você prá mim
Pois a minha grande vitória é conseguir
Botar uma mulher brasileira na minha vida
Pois prá mim ela será sempre a primeira
A companheira nas horas fáceis e difíceis
Mulher brasileira aonde é que está você
Mulher brasileira eu quero você prá mim
Preta branca pobre ou rica
Bonita ou feia você é maravilhosa
Eu quero ser o bendito fruto de você
Mulher brasileira aonde é que está você
Mulher brasileira eu quero você prá mim
Mulher brasileira... mulher brasileira

Composição de Jorge Ben Jor: Esta composição expressa o amor, a paixão e o carinho que nós, homens brasileiros, sentimos em relação a vocês, mulheres brasileiras.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Homenagem a "Pixinguinha", o poeta maior da música popular brasileira.

Os Oito Batutas


Rosa
Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouço confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Serra vs Dilma na reta final!


Estamos a uma semana da eleição. Bem, nos últimos dias os ânimos têm se elevado a uma temperatura que eu diria estar em torno de uns 200º. Mas, por que os ânimos ficaram tão exaltados? Com certeza no próximo dia 31/10 teremos o pleito mais disputado da história presidencial deste país. Como diria o filósofo dos incautos, “como nunca antes na história deste país...’.

A situação piorou com a confirmação do segundo turno. Visto que a vitória de Dilma Rousseff, dada como certa por todos os institutos de pesquisas, não se confirmou. Para a situação a não confirmação da vitória foi um balde de água fria. Para a oposição, um alento, uma esperança de vitória, mesmo que remota.

Entraram em cena os exércitos do PT e do PSDB. De um lado os militantes e todos os jornalistas formadores de opinião, revistas, blogs, rádios e TVs mesmo que de forma indiscreta, ligados ao PT. De outro lado, numa proporção menor, também entraram jornalistas, jornais e revistas, blogs e algumas emissoras de rádio e TV que atuam em favor do PSDB.

Creio que seja do jogo todos os órgãos de imprensa, igrejas e todas as instituições tomarem partido. O povo precisa saber de que lado está esta ou aquela instituição. Só desta forma o povo pode tomar decisões com consciência do que está fazendo, de como está votando. Todos os temas devem ser abordados e discutidos à exaustão pelos candidatos e pela sociedade. É assim que funciona um regime democrático.

Toda essa peleja está em ritmo frenético porque nenhum dos lados aceita que determinados setores da sociedade se posicionem. A igreja não pode se manifestar a respeito do aborto, do casamento gay etc. Pode? Não só pode como deve! É um direito que lhe assiste. Um direito que lhe cabe. Num estado laico a igreja não pode nos governar, mas como somos um estado democrático, também, as igrejas são livres para orientar seus seguidores segundo seus preceitos, por que não?

O governo tem reclamado de perseguição por parte da imprensa, mas este mesmo governo enquanto oposição se beneficiava deste mesmo setor da imprensa. Portanto, pau que bate em Chico bate em Francisco. Quando se é atirador, tudo bem, quando se vira vidraça mudam-se os conceitos.

Nesta briga toda, duas revistas de informação variada são emblemáticas. Falo da revista Veja e da revista Isto é. Se pegarmos todas as capas de Veja e da Isto é, veremos que ao longo de suas histórias as duas foram praticamente iguais no que se refere ao jornalismo investigativo. Mas de oito anos para cá a revista Isto é tem se destacado por uma prática mais light em relação à fiscalização dos atos que envolvem o governo petista. A revista Veja por sua vez continuou na mesma toada, não importando qual governo esteja no planalto. Citei estas duas revistas porque elas são o que melhor resumo o cenário político em que se encontra a nossa nação. O tipo de jornalismo partidário que não se deve praticar é justamente o que aconteceu no episódio da agressão sofrida por Serra no estado do Rio de Janeiro. Naquele episódio foi nítida a tentativa de desqualificar o fato ocorrido. Vou dar nome aos bois. O SBT editou a matéria e insinuou que Serra estava fazendo firula no caso. Aquilo não foi jornalismo sério, mesmo porque depois ficou evidente que não havia farsa alguma no ocorrido. Cabe ao jornalista transmitir a informação apenas. Os fatos devem ser mostrados como realmente são e não tirar conclusões precipitadas numa clara tentativa de indução do eleitorado. Portanto pode-se e deve-se tomar partido, mas, nunca um jornalista ou um órgão de imprensa pode manipular a verdade em função de partidarismo e ideologia política.

Bem, nesse jogo de intrigas a que se submete o eleitor brasileiro e ao seu baixo nível de conhecimento, estas manobras eleitoreiras tornam-se prejudiciais para um perfeito andamento das eleições. Creio que a confiança do eleitor se consegue num debate de idéias, pois, se o candidato utilizar de subterfúgios rasteiros (mentiras) ficará o tempo todo tendo de ceder tempo em seu horário eleitoral, o famoso direito de resposta. Pelo visto estamos bem longe de realizarmos eleições em que seus candidatos e seus seguidores tenham como objetivos principais a ética, a moral e acima de tudo a verdade. Espero que pelo menos nesta última semana tenhamos um nível um pouco mais elevado.

Rodeio das Gordas, Bulling e outras peripécias. A nossa juventude está preparada para o futuro?


Brasil o país do futuro! Ouço esta frase há muito tempo, diria que desde que eu me entendo por gente. Mas será que somos, realmente, a nação do futuro? Analisemos primeiro. Para se ter um futuro, precisamos de um capital humano que nos dê a possibilidade de chegarmos a esse futuro. A base para o futuro de todo o povo que se preza está em sua juventude, está em nossos jovens. Eles são a nossa esperança. A esperança de que no futuro, teremos cidadãos capazes de tocar adiante este país com dignidade e decência.

Com más condições de vida que incluem no “menu” má alimentação, má educação ( escolar e familiar), saúde pública ineficiente e oportunidade desigual entre os jovens brasileiros fica difícil vislumbrarmos um bom futuro para o Brasil. É, “Brasil o país do futuro”! Será?

Bem, o noticiário dos últimos anos tem nos revelado um lado sombrio da sociedade brasileira. Jovens envolvidos com o narcotráfico, jovens entrando no mundo do crime e da prostituição, todas essas situações, em sua grande maioria, afetam a camada menos favorecidas da sociedade. Mas, surpreendentemente, a classe média e a classe alta estão indo para um lado que até bem pouco tempo não nos parecia comum, o crime e também o desprezo pelos valores morais e éticos.

Jovens que não tiveram a sorte de, ao longo da infância e da adolescência, usufruir das benesses da vida moderna. Neste caso há uma desculpa para seus atos, há uma atenuante. A falta de oportunidades. Mas os jovens bem-nascidos não possuem essa prerrogativa. Para esses jovens, lhes foi dado boa educação, saúde de boa qualidade, acesso a lazer, cultura, esportes e, presume-se, uma base familiar solidificada.

Já assistimos, lemos e ouvimos várias notícias sobre jovens da classe média que participaram de crimes, seqüestros, brigas de gangues (os famosos pitboys) e mais recentemente os bullings. Queimam índio dormindo, espancam nordestinas pensando tratar-se de “prostitutas”. Neste ano veio a cereja que estava faltando ao nosso bolo. Num evento que ocorre todos os anos pela UNESP, o evento chama-se InterUnesp, em princípio seria para confraternização dos estudantes. Mas o que se viu foram cenas de puro preconceito e agressividade. Alunos da universidade criaram um novo torneio intitulado “Rodeio das Gordas”. O nome nos dá a real dimensão do preconceito que impera entre nossos jovens. O absurdo disso tudo é que há pais que não desaprovam este tipo de atitude. Estes jovens chegaram ao cúmulo de criar até uma comunidade no Orkut, uma conhecida rede social. Segundo o relato de uma estudante ao jornal local, os “peões” se aproximavam das meninas como se fossem paquerá-las e se aproveitavam do momento para agarrá-las. Ganhava quem conseguisse segurar a vítima por mais tempo, resistindo à reação da menina. As que lutavam mais contra a agressão eram chamadas de “gordas bandidas”, em referência ao touro Bandido, que ficou famoso ao se tornar personagem da novela América.

Não há explicação plausível para um ato tão grotesco. Então o porquê do enveredamento rumo ao crime? Sim, porque o desprezo pelo seu semelhante também é um crime. Talvez a resposta não esteja somente na condição social de cada ser humano. A resposta pode estar na sociedade como um todo. Há décadas os brasileiros vêm perdendo seus mais preciosos valores. Nossa sociedade no geral (não todos, é claro), tornou-se aética e amoral. Não ligamos mais para a moral e para a ética. Desde a lei de Gerson, lembram-se? O brasileiro quer levar vantagem em tudo! certo? Os costumes hoje em dia estão se tornando outros, as coisas mudaram e com elas estamos perdendo fio da navalha que separa o bem do mal, o certo do errado. Talvez seja por de tantos políticos pilantras se perpetuando no poder, aqui no Brasil é cada um por si, infelizmente. Mas acredito que este povo possa dar a volta por cima.

Não há explicação plausível para um ato tão grotesco. Então o porquê do enveredamento rumo ao crime? Sim, porque o desprezo pelo seu semelhante também é um crime. Talvez a resposta não esteja somente na condição social de cada ser humano. A resposta pode estar na sociedade como um todo. Há décadas os brasileiros vêm perdendo seus mais preciosos valores. Nossa sociedade no geral (não todos, é claro), tornou-se aética e amoral. Não ligamos mais para a moral e para a ética. Desde a lei de Gerson, lembram-se? O brasileiro quer levar vantagem em tudo! certo? Os costumes hoje em dia estão se tornando outros, as coisas mudaram e com elas estamos perdendo fio da navalha que separa o bem do mal, o certo do errado. Talvez seja por de tantos políticos pilantras se perpetuando no poder, aqui no Brasil é cada um por si, infelizmente. Mas acredito que este povo possa dar a volta por cima.

O programa “A LIGA” de Rafinha Bastos é maior que a Band.



A rede Bandeirantes de televisão não se notabiliza por exibir grandes programas. Pelo contrário, a sua programação tem sido paupérrima ao longo dos anos. Aliás, eu não me recordo de um ano sequer em esta emissora tive uma programação de peso. Uma programação bons programas. Uma programação que pelo menos cobrisse toda a grade. Nos últimos anos a Band tem se destacado pela venda de seus horários para programas evangélicos, nada contra, mas, uma rede nacional que não consegue criar uma programação mínima, para mim não merece a concessão que o governo lhe dá.

Mas há uma luz no fim do túnel, até mesmo para uma emissora decadente como a Band. Agora, em 2010, foi lançado pela Band um programa sensacional, um programa que está muito à frente de sua emissora. No quadro atual da TV aberta eu diria que podem fazer frente a ele, em qualidade, somente os programas exibidos pela TV Cultura de São Paulo, a melhor TV pública do país.

Um programa dinâmico do qual fazem parte de seu quadro o Rafinha Bastos, o DJ Thaíde, a jornalista Débora Vilalba e a atriz Rosanne Mulholland. Rafinha Bastos, não sei por que ele perde tempo com o CQC, mostra todo seu talento diante de temas espinhosos, temas difíceis, quando o vemos em ação torcemos para que alce vôos maiores para que não se torne um Datena da vida e torço para que seu talento não se perca. O DJ Thaíde, bem, desse cara eu sou suspeito para falar, sou seu fã, eu diria que ele é um iluminado, uma pessoa em que quando se dispõe a fazer algo o faz com amor, com o coração, o resulto sempre é e será um trabalho de primeira. A nossa jornalista Débora Vilalba sempre executando seu trabalho com maestria e principalmente expondo o lado humano do jornalista, fantástica. Rosanne Mulholland não fica atrás, a despeito de ser atriz e teoricamente sua profissão não ter muito a ver com jornalismo investigativo, jornalismo verdade, ela se sai muito bem em suas empreitadas.

Esta forma de fazer jornalismo é moderna, pois, retrata o mesmo tema por várias perspectivas. Humaniza o jornalismo. Trás à luz temas, informações, como queiram, de uma forma que se o telespectador estivesse vivendo na pele os problemas, as situações a que são submetidas as pessoas relacionadas nos temas em questão. Bárbaro, está é a palavra encontrada por mim para definir “A LIGA”. Espere, de coração, que a Band não o banalize como o fez com outros produtos que se mostraram promissores. Abraços. VALEU RAFINHA!!!

Pequeno conto chinês

Quem seria a escolhida?

(Autor desconhecido)


Conta-se que por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça; eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.

E a filha respondeu:

- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc...

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.

Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

Bolsa Família, um programa de todos os brasileiros e não apenas de um partido político...




Amigos, brasileiros, há muita discussão sobre a autoria do programa bolsa família. Tenho em mãos a lei que criou o tão discutido programa de ação social, vejam no link abaixo:
http://tinyurl.com/LeiBFam

Tomei a liberdade de postar este vídeo no qual Lula agradece a Marconi Pirilo, então governador de Goiás pelo PSDB, por sua idéia de agregar todos os programas de FHC em um único programa, vejam no link abaixo:
http://tinyurl.com/LLagrMP

Agora vejam Lula, então candidato em 2002:
http://www.youtube.com/watch?v=o-d9kVqafa4

Como podemos perceber há muita discussão, mais quem é o pai da criança?!?

Elton John diz que os autores de hoje são “bem terríveis”, palavras dele.

Estava, eu, fuçando a internet e deparei com uma matéria na qual havia o relato de que o astro da música POP mundial, Elton John, afirmara que os compositores de hoje são “bem terríveis”. Coincidências da vida, mas, eu estava, nesse justo momento ouvindo um clássico dos anos de 1980. O nome da música que eu ouvia é “Ebony Eyes”, uma maravilha criada a partir da parceria entre Smokey Robinson e Rick James. Falar o que? Comecei a pensar sobre o que havia dito o nosso polêmico Elton John.

Não vou entrar no mérito da questão se ele tem razão ou não, mas, o fato é que nossos atuais compositores não têm grandes chances de serem lembrados num futuro distante. Talvez eu não vá na mesma linha dele, acho que não sou tão radical a ponto de afirmar que não há composições que valham à pena. O que posso afirmar é que as décadas passadas foram melhores, falando na área da criação, da produção artística e não digo isso apenas no campo da música, refiro-me a todas as áreas da arte.

Todas as décadas têm algo para que nos lembremos: a década de 1950 o rock na roll começava a dar as caras e surgiram obras em profusão; já na década de 1960 a música negra que já era forte na década passada rivalizou com o efervescente rock; em 1970 no Brasil e no mundo os ritmos variados encantavam multidões; nos anos de 1980, especialmente no Brasil, vivenciamos uma época muito prolífera; 1990, bem, nessa década tivemos os garotos do Nirvana para salvá-la, eles e toda a galera Grunge, um viva para Seatlle!!!; hoje em dia quem? A galera funk?

Não importa a década, o que importa, realmente, é que o mundo está cheio de belas canções, indiferentemente de qual estilo estejamos falando. Boa música é boa música e pronto! Por isso deixo aqui, neste post, um link da música citada por mim logo no primeiro parágrafo:


Dilma, por que você mudou seu discurso?




Quase na véspera do pleito que se realizou no dia 03/10/2010, a candidata Dilma Rousseff foi protagonista de um ato lamentável. Nossa presidenciável mudou o discurso ideológico. Todos nós somos suscetíveis a mudar de idéia. Mas não podemos em hipótese alguma mudarmos de opinião apenas para atingirmos um objetivo. Ou seja, está nítido que Dilma Rousseff, ao declarar-se contra o aborto, mudou de lado pensando somente nos votos que perdeu e poderia perder nesta eleição, pois o segundo turno se mostrará muito mais difícil que o primeiro o foi. Por que a mudança?

Analisemos o passado de Dilma Rousseff. Pensemos a respeito. Durante toda sua vida a presidenciável mostrou-se favorável ao aborto e junto com Marta Suplicy foi uma defensora de grande vulto na política brasileira. Que ela tenha se tornado “católica” de um ano para cá, para mim tudo bem. Até acredito que as pessoas, de repente, possam vir a acreditarem em algo divino, mesmo que não sejam religiosas. O seu passado não nos relata isso, ela nunca se ateve a religião.

Nós brasileiros, ao longo dos tempos, sempre dissemos que os políticos são todos iguais. A Dilma Roussef, infelizmente, veio confirmar o dito popular. Fica-nos uma pequena pergunta: - Ao negar atos terroristas de sua vida pregressa, a candidata, realmente, está falando a verdade?

A questão do aborto, ser ou não ser religiosa. Para mim não tem nada a ver. O que vale para mim é o fato de a pessoa ter caráter, ser de boa índole, ser idônea. Mas como votar em alguém que muda de opinião apenas para induzir os incautos e desinformados? Como acreditar numa pessoa que omite sua opinião baseada em pesquisas de opinião? Faço esse questionamento a respeito de todos os políticos, não somente sobre Dilma Rousseff.

O aborto tem de ser amplamente discutido com toda a sociedade. Os políticos têm de demonstrar de qual lado estão, isso é salutar para a democracia. Os grandes estadistas se fizeram ao longo da história através de seus atos. O grande estadista não se preocupa com opiniões, ele preocupa-se única e exclusivamente com o bem-estar de seu povo. O grande estadista planta hoje para colher amanhã, mas, colher resultados favoráveis para toda a população e não colher resultados pessoais, como popularidade e votos. A diferença entre um grande estadista e um grande populista, é que o estadista pensa no povo no presente e no futuro, o populista pensa em si no presente e no futuro.

Cabe a nós brasileiros, analisarmos os últimos momentos da vida política brasileira. Esse ônus sobra para àquela parcela esclarecida da sociedade, infelizmente não se trata de uma maioria, mas é ela que deve debater e alertar as demais para que votem certo, pois, o que está em jogo é o futuro da democracia brasileira. Brasileiros votem com sabedoria, o Brasil precisa de nosso poder de discernimento!!!

As ONGs, a Igreja, o Aborto, o Homossexualismo e a Democracia.



A discussão em torno do aborto, envolvendo religiosos e defensores dos direitos humanos, acendeu os ânimos durante o segundo turno das eleições presidenciais. De um lado temos as igrejas defendendo seus interesses e de outro os defensores dos direitos humanos defendendo o direito ao aborto a liberdade homossexual. Esta eu lendo o excelente blog de Leonardo Sakamoto e em um de seus belos textos ele cita os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1948. Segue o link: Blog do Sakamoto » Blog Archive » Pai, perdoai. Eles não sabem o que fazem

Nestes artigos está explicitado todo o pensamento relacionado aos direitos humanos que deveriam ser seguidos pelas nações do mundo. Mas que ainda temos nações que não rezam por esta cartilha, infelizmente. É de suma importância que leiamos todos os artigos desta carta para que possamos entender o que, realmente, se passa em nosso cotidiano, se estamos indo na direção certa ou não.

A democracia, todos nós sabemos, é um regime que melhor se aproxima do ideal de liberdade e de direito de todos os cidadãos. Mas, até aonde vai o direito de um e começa o direito do outro? Comecemos a analisar desde o começo.

O artigo III desta declaração nos explica que: Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

O artigo VII nos esclarece também que: Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

O artigo XII também é muito esclarecedor: Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

O artigo XVI trata da família: 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

O artigo XVIII trata da questão da religiosidade: Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular.

O artigo XXIX nos o claro conhecimento do que é nosso dever e nosso direito: 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Se lermos com bastante atenção aos artigos citados no parágrafo acima, nós poderemos perceber quão complicadas se tornaram as questões do aborto e da homossexualidade na briga: Igreja versus defensores dos direitos humanos.

O aborto, defendido por ONGs defensoras dos direitos humanos, talvez seja o tema mais polêmico a ser abordado, pois, trata-se dos direitos da mulher e dos direitos de quem ainda nem nasceu, alguém que algum dia virá a ser uma criança, um cidadão com os mesmos direitos de que goza sua futura mãe. O grande xis da questão está no fato de que os defensores do aborto não consideram o embrião em gestação como um feto, alguém que tenha vida. A igreja por sua vez considera a vida desde o ato da concepção. Se considerarmos que não há vida não existe motivo para se barrar o aborto, mas se considerarmos que há vida, daí o aborto seria um crime. Afinal se tirarmos uma vida constitui-se um crime. Em qualquer lugar do mundo quando se tira uma vida é crime. Os artigos deixam bem claro que os direitos da pessoa vão até o memento que começam os direitos do próximo, pois, todos temos direitos e deveres.

Quanto à homossexualidade, bem, aí de um lado temos o argumento que todos têm direito sobre seu corpo e sobre seus atos. Concordo. Mas, há de se respeitar a opinião dos demais cidadãos. Não se pode em hipótese alguma discriminar o cidadão só pela sua opção sexual, mas também não se pode impor aos demais regras em forma de coação. O cidadão tem de ser respeitado na sua forma de ser, mas o debate é livre e tem quem concorde e quem não concorde. A agressão e o preconceito têm e devem ser combatidos. Mas o direito à opinião tem de ser preservado, pois, é desta forma que se age num estado democrático.

Façamos uma reflexão, pensemos: Segundo os preceitos cristãos a vida começa na concepção, então eles, os cristãos, têm todo o direito de lutar contra o aborto e, principalmente, pedir votos contra quem é a favor do aborto. Não usemos o frágil argumento de que a igreja não pode influenciar na opinião pública, não deve influir na vida política. A igreja, seja de que fundamento for, pode e deve orientar seus seguidores segundo seus preceitos, suas doutrinas. Num estado laico, a igreja está proibida de governar, mas na vida democrático de um país ela pode e deve defender o seu ponto de vista. Assim como as ONGs participam da vida política de um país, formando opiniões e atuando fortemente nas questões de seu interesse, a igreja pode atuar junto a seus seguidores, nada a impede. Portanto a igreja pode e deve se posicionar quanto ao aborto e ao casamento gay entre outros temas que são de interesse geral.

Numa democracia é muito importante que todos os seguimentos da sociedade tomem partidos nos mais variados assuntos. É salutar para o amadurecimento democrático de uma nação. Jornais, revistas, ONGs, igrejas e os mais diversos seguimentos da sociedade têm de se posicionar sobre os temas políticos em discussão no momento em que vivem, pois, todos nós fazemos parte da sociedade e a vida política tem de ser amplamente discutida.

Não que eu seja contra a abertura do aborto, para mim é indiferente. Não partilho da idéia de que façam aborto com um futuro filho meu. Mas, considero a questão do aborto uma questão de saúde pública. No Brasil, segundo dados extra-oficiais, realizam-se cerca de 1.200.000 abortos por ano. Desse total a grande maioria é de meninas e mulheres que os fazem em clínicas clandestinas, sem o auxílio de um hospital equipado. Eu não deixaria que fizessem com um futuro filho meu, mas, convenhamos, a proibição não impede em nada que continuem a fazer abortos Brasil afora. O que defendo é o direito de todos os seguimentos da sociedade em posicionar-se diante de temas polêmicos. Afinal a igreja está apenas sendo coerente. Se ela é contra a pena de morte, por que não ser contra o aborto, já que para ela a vida começa no ato da concepção?

Valsa com Bashir. (2008)



A dica agora é de um filme polêmico, um filme forte, complexo. Animação que mistura o 3D com o tradicional do desenho animado. Valsa com Bashir pode ser definido como sendo uma animação-documentário. Filme para adulto, tanto é que sua censura no país foi definada para 18 anos. Produção de 2008 lançada no país em 2009. A produção israelense demonstra que cinema de qualidade se faz em qualquer canto do mundo, basta que para isso se tenha talento e talento é algo que não falta no repertório de Ari Folman, diretor deste belo filme.

Em uma noite num bar, um velho amigo conta ao diretor Ari Folman sobre um sonho que tem repetidamente no qual ele é perseguido por 26 cães ferozes. Toda noite o mesmo número de feras. Os dois amigos concluem que existe uma ligação entre o sonho e sua missão no exército de Israel na primeira Guerra no Líbano no início dos anos oitenta. Ari Folman se surpreende por não conseguir lembrar de mais nada sobre aquele período de sua vida. Intrigado por esse mistério, ele decide encontrar e entrevistar seus velhos amigos e companheiros espalhados pelo mundo. Neste cenário desenvolve-se o filme. Um filme intrigante, surpreendente e ao mesmo tempo cativante e belo. Com um texto muito bem-construído, esta animação se coloca entre os melhores lançamentos de 2009. Documentário em animação vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e que deveria ter ganhado o Oscar também, mas não foi possível, pois, todos conhecemos os velhinhos da academia americana. Pior para o cinema. Podem alugar e assistir, este eu garanto, você não perderá o seu tempo.


Trailer

Dilma diz que nem Jesus Cristo lhe tira a Vitória!



"nesta eleição nem mesmo cristo querendo, me tira essa vitória" - ( Dilma Roussef )

Após a inauguração de um comité em Minas, Dilma é entrevistada por um jornalista local. veja: como a senhora vê o crescimento da sua candidatura nas pesquisas?

- O povo brasileiro sabe escolher, é a continuidade do governo Lula, e após as eleições nós vamos dessarmar o palanque e estender os braços aos nossos adversários, o candidato Serra está convidado a participar do meu governo, porque nesta eleição nem mesmo cristo querendo, me tira essa vitória, as pesquisas comprovam o que eu estou dizendo, vou ganhar no primeiro turno.

Poucos minutos após a entrevista, já tinha caido na internet, twitter.... e ela disse ter sido mal interpretada e que a frase não foi essa. Calma dona Dilma, a história já nos deu provas de que não é bem assim, cuidado para não tropeçar no orgulho.

Precisamos reconquistar nossa moral e nossa ética.

O noticiário nas últimas semanas está sendo recheado com, digamos, denúncias reveladoras. Desde que começou a disputa eleitoral, descobrimos que a máquina petista aliada à máquina estatal não está para brincadeira. Eles usam de todo tipo de subterfúgios para se dar bem no poder, não importa que meios utilizem para atingir seus objetivos.

Primeiro descobrimos que o senhor Luiz Lanzetta estava montando um esquema de espionagem para vigiar adversários políticos de Dilma. Descobriu-se todo o esquema e o que fizeram para abafar? Lanzetta foi afastado da campanha petista e ficamos apenas nisso.

Agora, recentemente, descobrimos um grande esquema infiltrado na receita federal. Um esquema destinado a quebra de sigilos de pessoas físicas, dentre elas estavam políticos e parentes de políticos.

Não é de hoje que os petistas comentem infrações contra o povo. Aconteceu já primeiro mandato de Lula. Lembram-se do mensalão? Pois é, aquilo foi só o começo. O começo de uma constante, mensalão, correios, as Teles (Lulinha enriquecendo misteriosamente), Tráfico de influência com irmão do Lula, compra do falso dossiê em 2006, Ong’s destinadas apenas para desviar dinheiro público, esquema de espionagem recentemente e agora as quebras de sigilos.

Desenvolvi várias teses a respeito, mas a que cabe melhor para todos esses acontecimentos é a de que nós brasileiros somos aéticos e amorais. Por que aéticos e amorais? Talvez seja porque apesar de todos os roubos e desvios a que nossos cofres são submetidos, nós brasileiros somos complacentes com os políticos e isso não é de hoje. Situações como essas acontecem há muito tempo. Acho que o Lula tem razão, nós brasileiros pensamos com o estômago e não com a cabeça.

Aético seria o sujeito que simplesmente não liga para ética, não a conhece, não tem intimidade com ela, não liga para a dita cuja. Amoral também tem o mesmo sentido, que está fora da noção de moral e de seus valores.

Feita uma breve definição dá para termos noção do que acontece com o nosso povo, não confundir imoral e antiético com amoral e aético. Para chegar a esse nível nós passamos por várias décadas de lavagem cerebral.

Sempre ouvimos o rouba, mas faz. Ah! Ele rouba, mas me diga qual é o político que não rouba? Frases como estas ditam o ritmo na vida política em nosso país.

A educação, a ética e a moral são inseridas na vida de um cidadão através de sua formação. Começa-se desde cedo com exemplos vindos de seus pais, na escola e na igreja. Sim, lapidamos o caráter de um cidadão, educando-o, dando-lhe apreço pela ética e pela moral através de bons exemplos. Espelhamo-nos em nossos pais, nossos professores, nos policiais e em nossos vizinhos mais próximos. Perdemos esse elo há pelo menos uns vinte anos.

Lula quando disse que pensamos com o estômago, estava certo, pois, depois de tudo que o PT e ele, próprio, aprontaram, nosso presidente continua a gozar de altos índices de popularidade. A economia está mais ou menos, então que nos roubem, que nos lesem, “não há problema nisso”. É o que pensa o povo, infelizmente! Por muito menos que isso Helmut Kohl renunciou ao cargo, pois, lá os políticos sabem que primeiro vem a conduta pessoal do político, lá ele tem de ser um exemplo para o cidadão. O cidadão consciente sabe que o político é seu espelho, o político reflete seus pensamentos, costumes, caráter e conduta moral. Há essa ligação numa democracia, pois, na democracia cada povo tem o governo que merece.

Com uma sociedade corrompida, não vejo horizonte alentador no futuro próximo, entramos num ciclo vicioso e para sairmos dele teremos de reconquistar antigos preceitos que já não fazem parte de nossas vidas.

Até a próxima Brasil.

Por que trabalham sério só em ano eleitoral?

Andando em minha cidade nestes dias de ano eleitoral tenho percebido que os serviços prestados pela prefeitura, pelo estado e até pelo governo federal estão melhores. Notei as ruas da minha cidade mais limpas! Há mais garis nas ruas! O caminhão do lixo não atrasa! Os prédios públicos estão limpos e os servidores muito atenciosos! Os ônibus passam quase que no horário! As praças estão com outro ar, limpas, grama cortada e com a jardinagem em dia! O SAMU não demora mais de meia hora para atender um chamado de emergência!Há mais trens na linha! O carteiro passa todos os dias, vejam, até os correios voltaram a funcionar direito! Noto funcionários da prefeitura tampando buracos, buracos que estavam lá havia meses. Sinto-me mais seguro, pois, percebo que em cada esquina há policiais a me proteger. Moro em Suzano, São Paulo, Brasil. Aqui a sensação é esta, sensação de encontrar-se em outra cidade, outro estado e, pasmem, em outro país.

Mas esta sensação não me é nova, ela é bem velha, desde que comecei a discernir sobre as coisas da vida, percebo que em ano eleitoral não há erro, os serviços melhoram. Não sei se pensam que somos trouxas, ingênuos ou o quê? Talvez tenham a visão de que se fizerem tudo certinho justamente naquele determinado período o povo, o eleitor lhes dará um voto de confiança novamente. Pensando bem, acho que estão certos, pois, eleição vem e eleição vai, o povo continua elegendo as mesmas cabeças pensantes, quase não há mudanças na política brasileira.

Durante um ano e principalmente nos meses que antecedem o pleito podemos sentir que se quiserem dá para executarem os trabalhos essenciais para o bom funcionamento do estado. Então por que não o fazem? Por que trabalhar somente neste período? Não sei talvez a resposta esteja em nós mesmos... ... Nós somos os patrões, engana-se quem pensa que o mandante do município seja o prefeito. Errado, o município não possui apenas um mandante, possui vários. Todos os cidadãos mandam, nós moradores somos os patrões do prefeito, do secretário, dos vereadores etc..

Quando numa empresa as coisas não funcionam corretamente, as coisas não andam e o que fazem os acionistas? Reúnem-se e tomam decisões para que haja melhoras. Se não houver melhoras, o que fazem? Demitem o administrador da empresa. É fácil e simples, é assim que funciona. Nós somos os acionistas da empresa chamada município, da empresa chamada estado e da maior de todas, da empresa chamada Brasil.

Portanto amigos, nós somos os melhores patrões que um mau administrador poderia desejar e, lamentavelmente, somos os piores donos de uma empresa, uma Holding, gigantesca, chamada Brasil...

Mary e Max - Um desenho para gente grande!




Mary & Max (Mary and Max, 2009), um longa-metragem de animação feito no estilo stop-motion, escrito e dirigido por Adam Elliot, é uma exploração de sentimentos humanos. O filme tem em sua premissa uma chance ínfima e acaba ele mesmo um em um milhão: uma produção tocante que demonstra através de seus personagens toda a angústia e depressão a que estão sujeitos os seres humanos.

Filme totalmente depressivo, pesado que nos faz refletir sobre a vida e os problemas enfrentados no dia-a-dia, principalmente para àquelas pessoas que se enquadram no perfil descrito neste longa metragem, falo de pessoas sós, tristes, depressivas, pessoas que têm dificuldade em fazer amizades. A pesar de o filme ser dark ele é um filme adorável, um filme denso, complexo, com um texto muito bem construído e extremamente instigante. Em suma o filme prende o telespectador desde o seu início.

A direção de arte é inspiradora. Elliot, dono de um Oscar de curta animado (Harvie Krumpet, 2003), opta por protagonistas caricatos e quase malfeitos de tão simples. Os cenários são muito mais ricos - a Austrália e seus tons terrosos contrastando com a cinzenta Nova York. Tudo feito intencionalmente. Enquanto uma Pixar capricha em seus personagens principais por dentro e por fora, o animador os mostra cheios de dor, angústia e dúvida, sem uma superfície fofinha e cativante, mais é aí que está o diferencial deste filme, o talento em dar vida a seus personagens a ponto de pensarmos que são verdadeiros atores.

Com o palco montado, inicia-se uma longa e verborrágica discussão filosófica sobre religião, vida em sociedade, sexo, amor, confiança e, principalmente, a importância e o significado da amizade. As cartas também refletem a caótica estrutura racional de remetente e destinatário, sempre com uma monotonia instigante. Idéias brilhantes surgem e são abandonadas em função de outra melhor, mais inocente ou simplesmente irrelevante, tudo isso numa conversa despretensiosa.

Vale a pena ser assistido. Não vou entrar em por menores, pois, não me é de costume. Apenas sugiro que tirem um fim de semana para apreciar uma obra de qualidade. Para quem gosta de pensar enquanto assiste, está aí uma boa pedida para reflexão!



Aborto, um direito à vida ou uma questão de saúde pública?

Há décadas se discute a questão do aborto no Brasil. Por vários motivos este assunto tem sido um tabu. De um lado temos a igreja e os conservadores na defesa à vida (Feto/bebê) e do outro encontramos as ONG’s e os formadores de opinião mais voltados para os direitos da mulher. De qual lado está a razão?

Para uma questão tão complexa como esta creio que não há uma resposta que satisfaça a Gregos e Troianos. Vivemos numa democracia e num país em que as leis são regidas por um estado laico. Questões tão complexas como esta são pautadas muitas vezes não pela razão e sim pela emoção e pela religiosidade. É fato que a mulher tem direitos sobre seu corpo, mas é fato também que existe outro ser a ser considerado, o futuro bebê, sim futuro bebê, pois, ainda é um feto.

Os motivos das pessoas e entidades que estão empenhadas na defesa do feto/bebê são muitos. A igreja, em especial a igreja católica, argumenta que não se deve tirar a vida de nenhum ser humano, mesmo que seja este um feto, qualificando tal ato de crime, crime contra a vida e, portanto, punível tanto na esfera religiosa quanto na esfera da lei. Os conservadores por razões óbvias são totalmente contra o aborto. Aliás, os conservadores se pautam em tudo nas doutrinas religiosas, sejam elas cristãs, muçulmanas, judaicas e outras tantas.

Do lado de quem defende o aborto está o argumento de que a mulher tem direito sobre o seu próprio corpo. Argumento até certo ponto plausível, visto que estamos em um estado laico e pautado pela democracia e se pensarmos assim a mulher pode perfeitamente usufruir do seu direito de ir e vir, se é que cabe tal paralelo. Além do direito sobre o próprio corpo a preocupação maior é com a saúde da mulher. Saúde que se encontra em risco a partir do momento que uma mulher se utiliza de métodos não muito convencionais para praticar o aborto.

Estima-se que todos os anos são realizados mais de um milhão de abortos no Brasil. Vocês leram bem, é isso mesmo, mais de um milhão de abortos no Brasil! O mais alarmante é que a maioria dos abortos é realizada na clandestinidade sem acompanhamento médico e sem as mínimas condições de higiene. Os números assustam algo em torne de 1.200.000 abortos clandestinos realizados fora de clínicas. Muitas mulheres morrem durante as “cirurgias”, mulheres essas que tem na sua maioria meninas, menores, garotas de 15, 16 e 17 anos de idade. Agora analisem bem, dessas que realizam o aborto clandestino a maioria absoluta é de meninas e mulheres das camadas mais baixas da sociedade.

Você lendo este texto pode se perguntar, porque não usam os métodos anticoncepcionais? Respondo com outra pergunta, você acha que a informação atinge todas as camadas sociais brasileiras por igual?

Com quem está a razão eu não sei, mas sei de uma coisa, o estado deve entrar de cabeça e o povo tem de ser esclarecido sobre o tema, pois, se continuar assim as coisas ficarão cada vez piores para as camadas menos favorecidas da sociedade. Temos de pensar muito a respeito. O aborto tornou-se uma questão de saúde pública e quando a saúde da população está em jogo é dever do estado entrar em ação e saná-la.

Hayao Miyazaki: Um artista Magnífico!


O japonês Hayao Miyazaki (05/01/1941 é um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonesa, alcançando sucesso e reconhecimento em todo o mundo. Iniciou sua carreira em 1963 trabalhando para a Toei Animation, produzindo seu primeiro longa metragem Watchdog Bow Wow. Produziu um grande número de mangás, animes,e séries de TV até 1983, quando começou a se dedicar exclusivamente aos longas metragens. Graças ao grande sucesso do mangá Nausicaä of the Valley of the Wind, Hayao Miyazaki em parceria com Isao Takahata, funda o seu próprio estúdio de animação, o Estúdio Ghibli, no qual ele viria a produzir as suas mais premiadas e reconhecidas animações. Após o lançamento de Princesa Mononoke em 1997, anuncia sua aposentadoria, mas retorna em 2002 para dirigir A Viagem de Chihiro, filme com o qual recebe o Oscar de melhor longa-metragem animado de 2003. Depois de A Viagem de Chihiro, Miyazaki ainda dirige O castelo animado e o seu trabalho mais recente, Ponyo on the Cliff by the Sea (Ponyo no Penhasco à Beira do Mar), lançado no Japão em 2008, com previsão de ser lançado no Brasil em 2010.

Filmes produzidos no Estúdio Ghibli:
1984: Nausicaä do vale dos ventos
1986: Laputa: castle in sky
1988: Meu vizinho Totoro
1989: O Serviço de Entregas de Kiki
1992: Porco Rosso - o último herói romântico
1997: A Princesa Mononoke
2001: A Viagem de Chihiro
2004: O castelo animado
2008: Ponyo

Compartilho com vocês a biografia daquele que para mim é um dos mais talentosos artistas da animação japonesa. Este senhor a quem me refiro é um artista esplendoroso, soberbo, magnífico, enfim, não encontro predicados para qualificá-lo. Todas as suas obras são portentosas, mas três em especial merecem destaque: Meu Vizinho Totoro, A Viagem de Chihiro e o seu mais recente trabalho Ponyo.

Obras fantásticas em que o público se encanta com o trabalho deste artista. Desenhos feitos à moda antiga, ou seja, feitos à mão, um trabalho artesanal, delicado, percebe-se que foi pensado em seus mínimos detalhes desde o trabalho manual ao que se refere o desenho até o roteiro, tudo em seus trabalhos é feito com carinho e precisão.

Vale à pena assistir aos desenhos citados acima. Não farei resumos sobre esses filmes/desenhos, prefiro que descubram por conta própria, entrem num mundo de sonhos e fantasias. Prestigiem o trabalho de Hayao Miyazaki, vocês não se arrependerão...

Elegeram raposas para tomar conta de nosso galinheiro...

Analisando o noticiário brasileiro desde a chegada do PT ao poder em 2003 percebemos o quanto aumentaram as notícias referentes a escândalos de corrupção, tráfico de influência, aparelhamento do estado. Agora, recentemente, deparamos com quebra de sigilo. O pior dessas notícias é que elas partem de dentro do próprio poder, não vêm da oposição como antigamente.

Tudo isso ocorre por quê? Qual o motivo de tantos escândalos? Por que se dão o direito de quebrarem sigilos bancários e fiscais? Quem lhes deu esse direito? Talvez a resposta seja uma só: Nós demos esse direito, nós permitimos que pessoas sem escrúpulos continuassem agindo impunemente.

Lula disse uma vez que o povo vota com o estômago e não vota com a cabeça. Um raciocínio que com o passar dos tempos nos parece cada vez mais lógico. Analisando o comportamento do povo em relação aos escândalos nos últimos anos percebemos que Lula estava certo, muito certo em seu diagnóstico, nunca na história deste país alguém fez um diagnóstico tão preciso em relação ao comportamento do povo. Cito Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e Fernando Henrique Cardoso, todos ótimos analisadores das vontades do povo, mas nenhum deles chegou tão perto da essência do povo brasileiro como Lula chegou.

Sabedor dos pensamentos e desejos do povo, Lula soube, muito bem, como utilizar em seu favor o uso da máquina pública. Com um marketing agressivo, políticas assistencialistas e uma conjuntura econômica que lhe favoreceu e ainda lhe favorece, Lula e o PT conseguem manter-se com um grande apoio da população mesmo essa população sabendo dos desmandos de seu governo.

Com a palavra o povo. O detentor da responsabilidade de colocar as melhores cabeças no comando da nação. Quando acontecem escândalos como o MENSALÃO e o povo mesmo assim reelege o homem que todos sabemos ser o líder de todo o sistema no qual se baseia o partido dos trabalhadores. Nesse momento específico da história os brasileiros deram uma carta em branco para os políticos que até então se encontravam em situação de repúdio nacional, vejam o caso dos deputados que estavam para serem cassados e com a absolvição pública do presidente demonstrada através de sua subida nas pesquisas, não foram cassados como voltaram através do voto. Temos nessa leva muita gente famosa, mas o caso mais emblemático e do nosso “querido José Genuíno”. Lembram-se? Ele chegou a pedir aposentadoria na câmara dos deputados pensando que não teria mais chance alguma, pena que não foi o ocorrido, ele voltou através do voto para nossa vergonha.

O irmão de Lula estava praticando tráfico de influência e quando perguntaram ao presidente sobre o acontecido e ele saiu-se com essa: “Meu irmão faz isso porque ele é analfabeto e não sabe o que faz”.

Com uma simples frase o nosso presidente desqualificou uma imensa parcela da população e mesmo assim lhe deram salva-guarda. O filho do presidente ficou milionário da noite para o dia. Todos nós sabemos como, com a ajudinha de empresa que possuía capital do estado. Lula saiu-se com outra jóia: “Meu filho é um fenômeno das finanças”. Nessa situação ele nos chamou de idiotas e nós concordamos com ele.

O aparelhamento do estado brasileiro não é algo novo e muito menos é algo inventado pelo PT de Lula, mas eles são mestres na arte de aparelhar, são ímpares nesse quesito. Desde a primeira prefeitura que o PT conquistou eles vêm aperfeiçoando esta técnica, realmente são imbatíveis. Façam um teste, entrem em qualquer órgão pertencente a alguma prefeitura ou governo do PT e verão que cabide de empregos se encontra aos montes em suas administrações.

O pior de tudo é a famigerada quebra de sigilo para motivos digamos não muito nobres. A formação de dossiês para chantagens e outras “cositas mas”!

Não tem problema o povo não liga para isso, esse tipo de coisa deixou de ter importância há muito tempo, acho que desde que o povo se tornou amoral e aético, não confundir com imoral.

A culpa na é do PT, nem do Lula, a culpa é do povo que sempre faz vistas grossas para ações como essas. Não digo isso em relação apenas ao PT de Lula, digo em relação a todos os partidos que quando estão no poder tentam se beneficiar de alguma forma, uns mais outros menos.

Como disse o Lula, enquanto o povo continuar pensando com o estômago e não com a cabeça...

Os políticos são o espelho da sociedade.

      O nosso problema não está no fato de o país ser unitário ou federado, de ele ser república ou monarquia, de ele ser presidenciali...