“Kit gay” e “ensino religioso” nas escolas e a “lei da palmada”. Medidas que criaram muita polêmica junto aos meios de imprensa. O importante é definir qual é o papel do estado na vida das famílias, até que ponto é aceitável a ingerência do estado em questões que dizem respeito à família.
O kit gay seria, em princípio, uma boa idéia. Mas tornou-se o calcanhar de Aquiles do MEC. Uma medida simples, porém, importante e necessária. Mas da maneira como foi conduzida pela equipe do MEC a medida saiu do foco e seu objetivo tornou-se outro. Qual seria o foco principal dessa medida? Obviamente seria o combate discriminação, o combate à homofobia. Não foi isso o que aconteceu. Ao vermos as cartilhas os panfletos e principalmente o vídeo notamos que há uma clara tentativa de se popularizar a homossexualidade entre os adolescentes. Uma clara apologia ao homossexualismo. Nada contra a apologia, mas este não é o papel do estado. Não é função de o estado fazer apologia ao homossexualismo, ao estado cabe a defesa dos direitos de seus cidadãos. Portanto, uma medida orientando nossos adolescentes a respeito do bullying seria a mais indicada. O Bullying abrange todas as formas de agressões, incluem-se aí as agressões físicas e psicológicas.
Recentemente voltou-se a ensinar religião nas escolas. Religiosidade é bom, mas também não cabe ao estado. A religiosidade é uma função familiar. Se fosse só para ensinar a história das religiões, a formação das religiões, tudo bem. Porém, não se trata disso. Estão ensinando a bíblia. Num estado laico isso é inconcebível. As catequeses e escolas dominicais são as responsáveis pela educação religiosa dos nossos adolescentes. E isso é uma prerrogativa dos pais, a educação religiosa está no seio da família. Famílias judias ensinam o judaísmo, famílias cristãs ensinam o cristianismo, as famílias muçulmanas ensinam o islamismo, a famílias budistas ensinam o budismo e assim por diante. Uma nação em que o estado é laico e a sociedade pluralista não podem ensinar o cristianismo nas escolas. O governo não deve ensinar uma determinada religião em escolas apenas porque esta representa a maioria da população. Como se sentiriam os pais cristãos se de repente o estado incluísse outras doutrinas religiosas no currículo das escolas? É algo para se pensar. Por isso o estado está totalmente errado em ensinar o cristianismo ou qualquer religião que seja.
A polêmica lei da Palmada é a mais aceitável para a educação das crianças. Uma lei bem-elaborada e aceita por quase todos os especialistas da área. Há muita controvérsia, pois os pais acham que podem ser detidos apenas por darem uma reprimenda em seus filhos. Claro que isso não acontecerá, será detido o pai que espancar seus filhos. Prisão por maus tratos já ocorre na atualidade. São os novos tempos, hoje se utiliza a psicologia para auxiliar na educação, coisa perfeitamente absorvível pela sociedade.
Com tantas medidas vindas de cima para baixo devemos ficar atentos, pois há um limite até o ponto em que o governo deve interferir em nossas vidas.
"Sou um humanista. Isso não significa ser bonzinho ou acreditar que o homem é bonzão. Significa apenas que aceito o homem como é - medroso, primário, invejoso, incapaz, acertando por acaso e errando por vaidade: meu irmão." - Millôr Fernandes
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Que absurdo isso tudopra mim! E o kit hétero? o kit aborto? o kit suruba? sado? Fala sério.. Querem popularizar o que já é popular? Como pode? Deve-se aceitar as diferenças e respeitá-las, não assim, claro! Vira uma palhaçada. E incluir a educação sexual indiferentemente da orientação sexual da pessoa e pronto. Abs.
ResponderExcluirA questão primordial nisso tudo , creio, é essa simbiose entre Estado e sociedade, no Brasil: o Estado quer ser paternalista e a sociedade espera esse paternalismo. Ainda há um longo caminho para que possamos aprender a diferenciar qual é o papel de cada parte.
ResponderExcluirMuito bom seu argumento.
ResponderExcluirAcho inaceitável que o Estado promova comportamentos ou práticas minoritárias ou ideológicas, por pressão ou influência de grupos de interesse. Proteger todos os cidadãos, sim, mas sem dizer o que devem fazer.
Isso se aplica também ao problema da cartilha do MEC, que você abordou em outro post. Respeitem-se as diferenças, mas ensinando uma única norma para todos.
Abraço,