terça-feira, 2 de novembro de 2010

Precisamos reconquistar nossa moral e nossa ética.

O noticiário nas últimas semanas está sendo recheado com, digamos, denúncias reveladoras. Desde que começou a disputa eleitoral, descobrimos que a máquina petista aliada à máquina estatal não está para brincadeira. Eles usam de todo tipo de subterfúgios para se dar bem no poder, não importa que meios utilizem para atingir seus objetivos.

Primeiro descobrimos que o senhor Luiz Lanzetta estava montando um esquema de espionagem para vigiar adversários políticos de Dilma. Descobriu-se todo o esquema e o que fizeram para abafar? Lanzetta foi afastado da campanha petista e ficamos apenas nisso.

Agora, recentemente, descobrimos um grande esquema infiltrado na receita federal. Um esquema destinado a quebra de sigilos de pessoas físicas, dentre elas estavam políticos e parentes de políticos.

Não é de hoje que os petistas comentem infrações contra o povo. Aconteceu já primeiro mandato de Lula. Lembram-se do mensalão? Pois é, aquilo foi só o começo. O começo de uma constante, mensalão, correios, as Teles (Lulinha enriquecendo misteriosamente), Tráfico de influência com irmão do Lula, compra do falso dossiê em 2006, Ong’s destinadas apenas para desviar dinheiro público, esquema de espionagem recentemente e agora as quebras de sigilos.

Desenvolvi várias teses a respeito, mas a que cabe melhor para todos esses acontecimentos é a de que nós brasileiros somos aéticos e amorais. Por que aéticos e amorais? Talvez seja porque apesar de todos os roubos e desvios a que nossos cofres são submetidos, nós brasileiros somos complacentes com os políticos e isso não é de hoje. Situações como essas acontecem há muito tempo. Acho que o Lula tem razão, nós brasileiros pensamos com o estômago e não com a cabeça.

Aético seria o sujeito que simplesmente não liga para ética, não a conhece, não tem intimidade com ela, não liga para a dita cuja. Amoral também tem o mesmo sentido, que está fora da noção de moral e de seus valores.

Feita uma breve definição dá para termos noção do que acontece com o nosso povo, não confundir imoral e antiético com amoral e aético. Para chegar a esse nível nós passamos por várias décadas de lavagem cerebral.

Sempre ouvimos o rouba, mas faz. Ah! Ele rouba, mas me diga qual é o político que não rouba? Frases como estas ditam o ritmo na vida política em nosso país.

A educação, a ética e a moral são inseridas na vida de um cidadão através de sua formação. Começa-se desde cedo com exemplos vindos de seus pais, na escola e na igreja. Sim, lapidamos o caráter de um cidadão, educando-o, dando-lhe apreço pela ética e pela moral através de bons exemplos. Espelhamo-nos em nossos pais, nossos professores, nos policiais e em nossos vizinhos mais próximos. Perdemos esse elo há pelo menos uns vinte anos.

Lula quando disse que pensamos com o estômago, estava certo, pois, depois de tudo que o PT e ele, próprio, aprontaram, nosso presidente continua a gozar de altos índices de popularidade. A economia está mais ou menos, então que nos roubem, que nos lesem, “não há problema nisso”. É o que pensa o povo, infelizmente! Por muito menos que isso Helmut Kohl renunciou ao cargo, pois, lá os políticos sabem que primeiro vem a conduta pessoal do político, lá ele tem de ser um exemplo para o cidadão. O cidadão consciente sabe que o político é seu espelho, o político reflete seus pensamentos, costumes, caráter e conduta moral. Há essa ligação numa democracia, pois, na democracia cada povo tem o governo que merece.

Com uma sociedade corrompida, não vejo horizonte alentador no futuro próximo, entramos num ciclo vicioso e para sairmos dele teremos de reconquistar antigos preceitos que já não fazem parte de nossas vidas.

Até a próxima Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os políticos são o espelho da sociedade.

      O nosso problema não está no fato de o país ser unitário ou federado, de ele ser república ou monarquia, de ele ser presidenciali...